segunda-feira, 2 de julho de 2007

A violista


Solta, entre uma nota e outra,
Só, a violista sola.

A música, fio longo, se tece
Solitária no jovem espírito.

Do palco treva
Trespassam sonoridades
Impulsionadas pelo braço
- Fantasma branco a furar o escuro -
Em arco que viola a viola.

Este sobe e desce sugere
Estupro das cordas
Ao arrancar suspiros
Da oitava máxima.

Silêncio ( )
Outro fio longo
Em nova nota aparece
Depois mais silêncio ( ) que
No peito eternidades tece.

Toque.
Toque querida,
Tenho frio
E meu agasalho
São estas eternidades breves.

Nenhum comentário: