sábado, 27 de junho de 2009

Toada corre-mundo

Corro mundo, corro dia,
Carrega-me o vento, ventania.
Meu caminho é a saudade
De teus beijos vida minha.
Sou caboclo corre-mundo,
Que tem nos olhos
O feitio das paisagens,
No peito, vida minha,
Carinhos não esquecidos,
Amor, calmaria e tempestade.
Corro mundo, corro dia,
Só não corro da saudade.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Quinta Avenida



Seres bovinos ruminam o ar da manhã.
Guiados por seus pés, deixam-se engolir por carcaças de lata.
Bovinamente vão fazer alguma coisa,
Ocupar o tolo tempo entre o nascer e o morrer.
Tolamente moverão mundos e fundos.
E no ruminar do ar da noite,
Depois destas tolicies todas,
Num fundo poço, hão de descobrir
Que de nada valeu tanto esforço
Porque o mundo, que de seu eixo não se moveu milímetro,
Bovinamente rumina o tempo do homem.