Para Ana Gomes Veiga
Ana da Roça, quando meninaEra doce como a a cana madura
Mas moça, virou revolta
Com os calos nas frágeis mãos
Feitos pelo cabo do cego facão
Que empunhava com destreza
Ao derrubar uma lavoura inteira
Deixou até de ser gente
Assim cortava soluços, assim chorava
Mãos estragadas, futuro morto
Doce açúcar da cana, amarga Ana.
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