segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Chora, Novembro

Vai, Novembro Na minha cidade, te despedes molhado Molha-me, Novembro Nas lágrimas incontidas de teus medonhos dias Na lama que desceu o morro e ganhou mares e rios Na morte que chegou aos ermos, Aos pacatos, aos inocentes Na chuva longínqua de chumbo do terror dos fanáticos Arfa, Novembro, em tuas derradeiras horas Chove, Novembro, com tua tristeza que nos envolve Chora, por toda violência que deram-te Por todo mal que fizeram-te Chora, Novembro, chove.

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