quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

A luz que me beija

Na noite, quando a escuridão me chega
Componho poema negro, de medo
Que invariavelmente rasgo e queimo

Aguardo assim a manhã em sonolência...
E nos primeiros acordes dos passarinhos
Na dança alegre das joaninhas e borboletas
Sinto o escuro que me deixa e a luz que me beija
Devagarinho, em carinho para acordar

É quando empresto as cores do arco-íris
Para encantar o pássaro, a joaninha e a borboleta
Em poemas doces que canto da minha janela
Para que todos o oiçam em esperança

Oiçam, peço, mesmo em dia de chuva
Em manhãs cinzentas e tardes molhadas
O meu manso canto que sai deste peito cansado
Misturado a monotonia dos pingos d'água
Encantamento para afastar tristezas
E que tenta dar a nossos dias, tristes dias
A alegria de um mundo solidário e encantado. 

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