segunda-feira, 20 de julho de 2009

O pavor de sempre

Cansam-me as tragédias do mundo,
Elas se repetem, tragicamente se repetem...
Meus amigos arregalam os olhos,
Comentam manchetes,
Fazem o sinal da cruz...
E na fila do banco, e no conforto da cama,
Na solidão sanitária,
Oram evocando terrível Deus.
Cansam-me meus amigos
Com as tragédias embutidas em suas rezas.
Ignoram eles, ou assim pensam ignorar,
Que ser homem entre os homens
É a única e verdadeira tragédia
De final por demais conhecido:
A estupidez se repete na morte
E, estupidamente, nos apavoramos sempre.

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