Saudades de ti, cariño,
De tua beleza
Que sorria para o espelho
Em manhãs depois dos sonhos,
Antes do trabalho, pesadelos.
Saudades de ti, e grandes
De teu beijo de até logo
Pintado com vivo batom,
Marca vermelha e derretida
Que sumia e se desfazia
Escorrendo quente liquefeita
Como se fosse meu sangue
Neste, hoje, exangue rosto.
Saudade de ti, cariño,
Nestas manhãs que se repetem
E que, por capricho,
Esqueceram-se do espelho
E não mais teu riso refletem.
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