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segunda-feira, 30 de novembro de 2015
Chora, Novembro
Vai, Novembro
Na minha cidade, te despedes molhado
Molha-me, Novembro
Nas lágrimas incontidas de teus medonhos dias
Na lama que desceu o morro e ganhou mares e rios
Na morte que chegou aos ermos,
Aos pacatos, aos inocentes
Na chuva longínqua de chumbo do terror dos fanáticos
Arfa, Novembro, em tuas derradeiras horas
Chove, Novembro, com tua tristeza que nos envolve
Chora, por toda violência que deram-te
Por todo mal que fizeram-te
Chora, Novembro, chove.
quinta-feira, 26 de novembro de 2015
Meu ranchinho está vazio (Chora viola)
Meu ranchinho está vazio
Chora viola
Meu coração apertado
Chora viola
A tristeza me venceu
Chora viola
O mundo entristeceu
Chora viola
Quando você me largou
Chora viola
E levou tudo que é seu
Chora viola
E me deixou a saudade
Chora viola
As lágrimas na minha boca
Chora viola
No último beijo seu
Chora viola
É o amargor que levo agora
Chora viola...
A amargura desse adeus
Chora viola...
Chora viola
Meu coração apertado
Chora viola
A tristeza me venceu
Chora viola
O mundo entristeceu
Chora viola
Quando você me largou
Chora viola
E levou tudo que é seu
Chora viola
E me deixou a saudade
Chora viola
As lágrimas na minha boca
Chora viola
No último beijo seu
Chora viola
É o amargor que levo agora
Chora viola...
A amargura desse adeus
Chora viola...
quarta-feira, 18 de novembro de 2015
Das intenções do amor
Em nossos corações
O amor nos surge em intensidades
E intenções
Tem o amor-carinho
Fraquinho
Mas que pode crescer
Tem o amor-gratuito
Grátis mesmo
Que damos sem pensar no porquê
Tem o amor-paixão
Que surge violento, arrasador
E vai embora como chegou
Tem o amor-danado
Aquele que damos
Sem o outro merecer
Tem o amor-bandido
Que é dado e recebido
Mas que nos cobra sofrimento
Tem o amor-eterno
Que gruda em nossas vidas
Já pensando na outra vida
E tem o amor-amor
Aquele que, sem pedir licença
Vem e fica e nos faz viver.
Em todo caso, amai
Viver sem isso, sem amor
É fazer da vida desperdício.
quinta-feira, 12 de novembro de 2015
A grandeza do homem
A grandeza do homem
Não está apenas em perdoar o imperdoável
A grandeza do homem está em compreender
Que todo mundo erra, inclusive ele.
Não está apenas em perdoar o imperdoável
A grandeza do homem está em compreender
Que todo mundo erra, inclusive ele.
Explicações
Não preocupo-me mais em explicar o Universo e suas leis
Tão pequeno sou para isso
Quero apenas explicar-me o rubro de teu rosto quando te vejo
Tão contente sou com isso!
Tão pequeno sou para isso
Quero apenas explicar-me o rubro de teu rosto quando te vejo
Tão contente sou com isso!
O caçador de preá
Quando vim pra Curitiba
Passei frio, passei fome,
Me cobria com um trapo,
Que todo orgulho consome.
Sonhava - Rato ou calango? -
Às vezes, queria magro preá,
Para o bucho sossegá,
Roncando, cheio de ar.
Passei frio, passei fome,
Me cobria com um trapo,
Que todo orgulho consome.
Sonhava - Rato ou calango? -
Às vezes, queria magro preá,
Para o bucho sossegá,
Roncando, cheio de ar.
segunda-feira, 9 de novembro de 2015
Mula brava
Monto esta mula brava,
Sina a me escoicear,
E meu medo é cair
Sem nem experimentar
Essa tal felicidade
De que tanto ouvi falar.
Sina a me escoicear,
E meu medo é cair
Sem nem experimentar
Essa tal felicidade
De que tanto ouvi falar.
Se a amei?
Se, por longos anos, a amei?
Se, por muitos anos, continuarei?
Ah! Meu Senhor,
Se, por muitos anos, continuarei?
Ah! Meu Senhor,
Se feliz sou? Ah! Serei!?
Ah! Não sei... Ah! Não sei!
Ah! Não sei... Ah! Não sei!
sábado, 7 de novembro de 2015
Finados
Dia de puxar assunto
Na reza para os defuntos
Amados finados, amados.
Na reza para os defuntos
Amados finados, amados.
Dissimulada
Era tamanho o oceano de mentiras
Encrespado pelo vento da dissimulação
Que ela nunca alcançou, ou alcançaria
O amor ancorado no meu coração.
Encrespado pelo vento da dissimulação
Que ela nunca alcançou, ou alcançaria
O amor ancorado no meu coração.
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