sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Adeus ao querido amor


Dizer algo antes do adeus
É quase que premeditar um crime
É fazer sofrer sofrendo
É matar matando-se

Dizer algo depois do adeus
É cavar uma cova sobre outra cova
É confessar um pecado sem perdão
É tentar segurar o vento com as mãos.

2 comentários:

Ana Coeli Ribeiro disse...

Deixar o vento passar entre as mãos...Sem adeus ao querido amor.Triste!
Luz
Ana

Virginia Finzetto disse...

Momentum filosóficum: a troca é súbita; morosa é a remoção do cadáver. (eu)
Não sofremos pelo ato em si, mas pela insistente recordação dele.
Uma de suas mais lindas poesias, Nandé! abraços