terça-feira, 20 de novembro de 2012

Poema inacabado

Um dia saberás que aquele poema torto
Tinha o endereço dos negros olhos teus

Aquele frio poema que já nasceu morto
Cheio de curvas barrocas e rimas cruzadas
Foi para ti e para nosso amor nascido capenga

Tinha lá um certo toque de doce ilusão
Falava, por certo, do incerto coração
Manso em suas linhas, nervoso em vontades

Talvez, se tivesse me esforçado
Teria contigo vivido e casado
Sim, teria dado por terminado
Numa contrariedade de dar pena
Aquele torto e maldito poema.


.

Um comentário:

Ana Coeli Ribeiro disse...

Belo! Muito bom ler Versos e Rmas, sempre!