terça-feira, 6 de novembro de 2012

Soneto para quem luta

Trago um fuzil em que as balas são as palavras
E que, calada, a baioneta é feita de agudos versos
Tenho sempre na alça de mira os que exploram
Os homens que vivem do abuso sobre outros homens

Faço-me assim então guerreiro solitário
Franco-atirador a espera de vítimas
E são tantas as que cruzam meu caminho
Que temo um dia me faltar a munição

E em noite em que urra de fome o meu povo
Na solidão das ruas geladas e sem teto
Faço-me sentinela das suas poucas esperanças

E na manhã, antes do Sol no horizonte ereto
Levanto-me e vou à guerra para denunciar
Esse horror provocado por quem rouba e mente.




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