terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Riso à toa

Amanheci no um sorriso besta no rosto
Sonhei, por certo, algo bom
Sei lá o que sonhei, não lembro

- Só consigo lembrar de pesadelos -

E rio, rio à toa, o riso dos tolos
Que riem de tudo sem saber
A razão do riso. Riem, apenas riem
Porque diante dessa tragédia
Que chamamos vida
Só nos cabem o escárnio
O riso dos bobos e dos imbecis.

----------------
Ilustração: The court jester, obra do pintor norteamericano William Merritt Chase (1849-1916), que mostra as travessuras de um bobo da corte

Um comentário:

Anônimo disse...

Mentir
Causa-me essa mania
Curvas quem faz sou eu mesma
Obrigada pelo cuidado

Usufruo minhas idéias
Quero de você opinião
Quase sempre contrária
Quando?

Face a face
Cara a cara
Sem visitas formais
Não terás o submisso

Concreto
Pertenço a você?
Tanto o quanto você a mim

Pertences, então...
Curvado?
Rastejas também?
Sei que não
Pensas tudo o que queres.

Tenho o direito também
Não ouso ser beata
Também não fujo
É a intensidade das nossas idéias
São as críticas acaloradas
É a vida que pulsa em nós

Pois assim sou
Não de qualquer jeito
Seríamos portanto, nós mesmos

Mentir?
Serviríamos a ela
Disfarçados com cortinas
Por de traz do manto de veludo
Com as franjas de algodão.
Prefiro sob sua pele nua
Meu bem.