Sete da noite e os operários
Começam a chegar as suas casas
Trazem da fábrica o olhar da servidão
Da resignação dos bois que puxam muita carga
Mas, quando ainda no portão,
Abraçam suas mulheres, suas famintas proles
E estranhamente sentem-se novamente humanos
Por um breve momento
Ganham a esperança
Pelo menos até a manhã seguinte
Quando voltarão a trilhar os caminhos
Que os levam ao matadouro.
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