terça-feira, 17 de setembro de 2013

Minha mão me dá adeus

Uma mão espalmada  e eterna
Ficou fixada na beira do caminho
Olho para o distante passado
E ainda posso ver o adeus estático

Lá está a solitária mão espalmada
Miúda, encardida e infantil
A me saudar no mais triste aceno
E sinto que não me despedi de mim

Hoje, sou outro e com saudades
Do que eu era: alegre, tão contente
Tão esperançoso, tão vivamente vivo...

...Mas tolo, rumei teimoso adiante, desatento
Sem saber que naquela mão, entre dedos
Entre macias garras, abandonara a minh'alma.


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