segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Morrerei mil vezes, Cariño

Quando for tomado pelos encantos
Daquilo que ninguém conhece e escapa
Sentirei falta e saudade, Cariño
Da suavidade de tua pele
Como sentirei falta e saudade
De tocar as frescas pétalas
Das rosas em manhã de Primavera

Morrerei duas vezes, Cariño
Ao não mais sentir tua leve respiração
Nessas manhãs em que faltarei
Em que o vento será suavidades
Sempre a arrepiar-te os pelos
Depois do longo beijo de acordar

Sentirei falta e saudade, Cariño
De tuas coxas sobre as minhas
De teu peito nu junto ao meu
Do calor molhado e amado
Que nos restou do começo da noite

Morrerei três vezes, Cariño
Ao não ter mais teus pequenos pés
A esfregarem-se nos meus
Para aquecerem-se em noites frias

Morrerei mil vezes, infinitas vezes
Ao sentir de ti falta e saudade, Cariño
E ao não mais ouvir o teu "eu te amo"
Que me faz tão vivamente vivo.

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Ilustração: Nu Azul - Pablo Picasso

  

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