segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Poema profano

Sim, era para ser um poema ensolarado
Em brilho, em cor, em vida
Um poema que frequenta a igreja no Domingo
Sério como alma redimida, contrita e arrependida
Mas não, negou-se meu poema à santidade
E na primeira gota do aguaceiro, no primeiro trovão
Lembrou de ti a carne nua, da ausência de panos nas minhas vergonhas
De todos nossos pecados cometidos sob esquecidas chuvas
E nos escuros dos altares profanos.

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