Num dia de muito frio
A galinha Hilda acordou atordoada
E sem prestar muita atenção
Fez sua obrigação
Ao chocar mais uma ninhada
Ao final da tarde
O galinheiro ficou agitado
Hilda chocara cinco animais estranhos
E dentre eles um bem feio, mal-acabado
O tempo foi passando
E o galinheiro desconfiado
Se deu conta que Hilda
Por engano, havia chocado patos
Todos riram, era engraçado
Uma galinha sonolenta
Distraída, chocando patos
E um deles, desengonçado
Faltando penas e de bico afilado
Os patos foram engordando
Só o feioso, que mal comia
Sem conseguir firmes bicadas
Até mesmo no milho esmagado
Ficou pálido e magro, esquálido
E numa véspera de festa
A mulher do fazendeiro, Dona Nonó
Levou os patos para a panela
Menos o pato feiinho do bico torto
Que, escondido ficava só,
Com vergonha de ser tão feio
Feioso de dar dó.
Na sua cabecinha
O mundo lhe tinha sido ingrato
Como aguentar os risos
Do verde e bonito papagaio
A gozação do garboso pavão
As galhofas do valente galo?
E assim passou-se o Inverno
E no raiar do primeiro Sol de Primavera
Ganhou os céus, num dia lindo
A mais bela águia desta Terra que, como pato
Na fazenda, havia sido criado.
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