Às vezes, aventuro-me pelo erudito
Que é a linguagem dos deuses do Olimpo
Chatos e entediados por habitar um lugar
Onde tudo pode ser dito e feito com salamaleques
Mas faço isso de sacanagem
E digo a eles que no Brasil não temos olimpos
Temos morros habitados por gentes mais divertidas
Que, em vez da lira, tangem cavaquinhos
Sopram trombones e castigam pandeiros e tamborins
E falam da bala perdida, da mulher perdida, da vida perdida
E do amor com saudades
Sim, do único amor que é permitido aos mortais
Ah, os deuses ficam com uma inveja danada
E lamentam-se por não saberem batucar um samba
Que aqui se aprende desde menino
Numa simplória caixa de engraxate.
Que é a linguagem dos deuses do Olimpo
Chatos e entediados por habitar um lugar
Onde tudo pode ser dito e feito com salamaleques
Mas faço isso de sacanagem
E digo a eles que no Brasil não temos olimpos
Temos morros habitados por gentes mais divertidas
Que, em vez da lira, tangem cavaquinhos
Sopram trombones e castigam pandeiros e tamborins
E falam da bala perdida, da mulher perdida, da vida perdida
E do amor com saudades
Sim, do único amor que é permitido aos mortais
Ah, os deuses ficam com uma inveja danada
E lamentam-se por não saberem batucar um samba
Que aqui se aprende desde menino
Numa simplória caixa de engraxate.
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