O macaquinho andava muito triste pela floresta. Não estava contente consigo. Pragmático, odiava o próprio longo rabo. Ao alcançar uma alta árvore, encontrou, no topo, o macaco ancião e disse a ele que os macacos tinham algo em si de imprestável: a cauda que, para o macaquinho, não servia para nada. E apontando para o sapo que descansava perto da lagoa, disse: "Veja que magnífico é o sapo, igual a nós também pula e não tem que andar por aí, carregando coisa inútil alguma". O ancião pensou um pouco e ponderou:"Por que perdes tempo em querer mudar aquilo que é útil em ti? O sapo não se equilibra sobre as árvores para comer nem o macaco se lança no lago para sobreviver". Aos que prestaram atenção, saibam que o defeito só existe nos olhos dos invejosos e a inveja nem sempre é racional. O invejoso despreza a si e a si desama ao almejar muitas vezes o impossível.
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