segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Não cortem os pinheiros

Não cortem os pinheiros daquele caminho torto
Aquele caminho foi meu e de tantos outros pés
Por ali passaram os colonos italianos em carroções de uvas
Os polacos que fugiram da fome e da guerra
Nos pinheiros estão dessas gentes as lembranças
E num deles o nome dela em marcas de canivete
Num coração criança
Não cortem os pinheiros
Não arranquem de Campo Comprido a amplidão da eternidade.

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