O chio da saudade
Vem da leiteira
Lambida pelo fogo
Ao lado da chaleira
Na mesa posta e muda
Doces multicores
Formigas que lá passeiam
No xadrez da toalha velha
O vapor da saudade
Fumega da chávena
De porcelana branca
Que viu tanta novena
O calor da saudade
Vem do xale da triste mãe
Que vê olhos de lombriga
Nos olhos do magro rebento.
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