Dá-me, estimada e querida amiga,
Divino e celeste diapasão para afinar
O estampido da cosmogonia explosiva
Desse Big Bang que nos fez em vida
Dá-me, ainda, um metrônomo novo
Que consiga mensurar a vagabundagem
Desse nosso tempo andarilho e pulsante
Em ordinários relógios descartáveis
Dá-me, querida, uma semínima pontuada
Para que eu possa compor uma infinita ária
Com os longos ais suspirados no sofrimento
Dessa gente que só espera a câmara que arde.
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