quarta-feira, 16 de maio de 2012

Morrer, péssimo costume


O que dizer, como reagir, como confortá-lo, amigo,
Diante desse mau hábito humano que é morrer?

Sim, meu bom amigo, temos esse bruto costume
De abandonar o mundo de abrupto e para sempre;
Essa mania de levar pedaços de corações queridos
Para passeios que não sabemos exato destino.

Sim, meu triste amigo, nascemos para os adeuses
Em portos  sempre melancólicos e enevoados,
Pois aqui todos estão guardando tempo para a viagem.

Resta-nos viver esperando que o navio se atrase
E que os pedaços tirados com carinho doutras almas
Sejam em nós esperanças de novo encontro
Num grande e apertado abraço de terna saudade.

2 comentários:

Ana Coeli Ribeiro disse...

Vivo pensando nisso, um novo encontro, no abraço de tão grande saudade. Cruéis verdades em poema.
Luz
Ana

Ana Coeli Ribeiro disse...

Ah amigo, se levei um pouco de sol em tua vida, acredite que seus poemas me trazem o sol, a lua, as constelações as plêiades e um universo inteiro de beleza...Grande poeta, amo ser sua amiga, obrigada sempre!!
luz
Ana