quinta-feira, 10 de maio de 2012

O vento que há de vir


Gosto de acordar antes de ti
Nestes dias que se vestem de Outono
Olho para teu rosto e dormes suave
Em brancura sob brancos panos
Na candura de teus sonhos tão teus

Espero o teu acordar
E aquele teu sorriso conforme
De contentamento com tão pouco
Que dizes ser fortuna
Vaticinada pelas estrelas
Na noite feita de sussurros e segredos

É verdade, Anjo e cariño meu,
Já tenho da última noite saudades
E ao te observar assim tão feliz
Tenho absurdo medo, medonho mesmo
De não te encontrar na próxima Lua
Na manhã de fraco vento que há de vir
Previsível somente no cair das folhas
Dos conformados arvoredos.

Um comentário:

Ana Coeli Ribeiro disse...

O vento que trás um amor em poesia tão lindo assim...
luz