terça-feira, 13 de agosto de 2013

Confissões de um andarilho III

Todos somos andarilhos
Sem pouso certo, sem hora para chegar
Mas com única hora para sair, certa, inadiável
E nessa caminhada
Nesse ir para não sei onde
Que a vida nos obriga
Tu poderás caminhar sozinho
E a tudo observarás atento
Porém, a quem contar das descobertas?
Então, te sentirás só e incompleto

Mas se tu gozares de boa companhia
E se tiveres com quem dividir a paisagem
A quem contares do voo da borboleta
Do leve bater das asas dos pássaros
Da tarde vermelha que se despede do dia
E das ascetas estrelas que temos em guia
Serás um menino com espírito de poeta.


Nenhum comentário: