sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Português sem salamaleques

Desisti de falar o português corretamente
Olham-me como se não fosse deste século
É que meus livros são de tempos antigos
Amigos cheios de formalidades e salamaleques
Falarei de hoje por diante meu bárbaro dialeto
Em que fumo não é fumaça, é verbo bandido
Nas tábuas das conjugações dos tempos malditos
Amar, então! Não mais com galanteios e carinho
Este ato ser-me-á apenas um transgressor delito
Do desejo insano de dar uma sem compromisso
Assim, foder com a língua não terá mais duplo sentido.

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