terça-feira, 20 de dezembro de 2005

Cantiga para endoidecer pernilongos

Não quero ser um poeta maluco
Desses que escreve como um louco
E para todos os doidinhos do Sanatório
Central do EStado

Escreverei de hoje para diante
Canções de ninar
Sim, canções de Morfeu
Sonetos aos punhados
Para a fera que vive no Zoo Público
(Coitada, poeta algum dela se ocupou)

Cantarei depois outras musiquinhas
Uma ode para o musgo da parede
Um soneto para o pernilongo
(Que agoniza após sorver
Todo o meu sangue
Nesta noite de Outono)


Sim! Estava a me esquecer!
Um poema emplumado
E alexandrino
Para teus olhos
Abaloados
Tristes
Amendoados
Numa súplica
De adeus.

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