sábado, 24 de abril de 2010

Amor galático

Em noites de Lua,
Tinha por hábito
Orbitar galáxias.

Circundava estrelas,
Bebia da láctea via
E ficava bêbado.

Tinha este estranho hábito
De fugir da gravidade
E ocupar vácuos profundos.

Seu mal foi encontrar a Anã Branca.
Paixão doida, provocada por neutrinos.
Logo ele, que nunca descia das alturas!

Mas, amor é amor. Cacete,
Branca estava iluminada
Por raios gama!

Tinha agora um buraco negro no coração.
Calculava: luzes não percorrem linha reta;
O amor universal segue linha torta.

Talvez, ao vencer 10 mil anos-luz,
Consiga coragem para pedi-la
Em casamento. Tímido, tímido.

Caminhava pela Via Láctea,
Sonhava buracos de minhoca
E se enforcava na teoria das cordas.

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