sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Efemeridades


Sou água em calmo lago
Que sofre de longa melancolia
Pelos dias em que foi tempestade

Na juventude que me aqueceu
E deu-me o cetro entre os meus
Já habitei os céus e as nuvens

Mas que efêmero rei, que reles deidade,
Que me tornei nesse tempo de efemeridades
Sem saber que perdia a breve mocidade

C
H
O
V
I
Sem sorte até perder a intensidade
Até acabar-me nesta calmaria de morte
Feita com as gotas de todas as saudades.

Um comentário:

Ana Coeli Ribeiro disse...

"Feita de gotas d todas as saudades"
Sinto a chuva..
Luz!
ana