sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Ele: o vazio

De tempos em tempos Baco me convida...
Quer-me em riso, entorpecido, alienado
Narcotizado, feliz com essa minha vida

Meus amigos acompanham-me obstinados
Na esperança de esquecerem suas misérias
Neste mundo no qual estamos aprisionados

Em tal momento o real não é mais a matéria
É o doido gesto do suicida que se deseja vivo
E tolamente se mata por inexistente vida etérea

E no final da festa em que vivo ainda prossigo
Sinto no peito o frio vácuo de todos os abismos
Dessa falsa felicidade, pois não sou contigo.

Um comentário:

Ana Coeli Ribeiro disse...

"Sinto no peito o vácuo de todos os abismos..." Me passou uma sensação de solidão, desengano,imenso vazio, bem diferente! È isso?
Luz
Ana