quinta-feira, 19 de julho de 2012

Vermelha

É vermelha
E tu sabes de meu gosto por tal cor
Da mesma forma que entendes o distante
Em que me recolho quando escrevo

É vermelha
Tua roupa interior
Que me tira da letargia das letras
E assim sei quando tu desejas amar
Além do amor d'almas, é claro

É vermelha
Como a marca da última carinhosa palmada
Estampada na brancura de tua pele, na bunda

É vermelha
A tua última mordida em meu peito
Tatuagem dos teus dentes
Sempre entre sussurros refeita

É vermelha
Tua face de êxtase avivada por gritos
E confissões capazes de fazer corar as putas.

Um comentário:

Ana Coeli Ribeiro disse...

Pura sensualidade e beleza,preciosos versos!
Luz
Ana