Sou Diógenes desesperado revirando barris
Num imundo porto qualquer
E nas minhas mãos carrego velha lanterna
Para fazer-te luz nos olhos
Para ver o teu rosto infeliz
Não procuro verdades, há engano nisso
Poetas não querem verdades
Somente os cínicos desejam essas excrescências
Eu, poeta, quero apenas o sonho que em ti habita
Aquele sonho que tu esqueceste
E chama-se hoje irrealizável
Veterano sonho
Posto numa prateleira antiga com a inscrição
"Coisas que me fariam feliz e não dei importância"
Sim, sou tua consciência que chora o não feito
Sim, sou o anjo-demônio que te faz dormir
A lembrar daquilo que tu eras
E hoje não é mais. Nem em luz ou sombra.
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Ilustração: Diogenes sentado en su tinaja. Jean-Léon Gérôme (1860).
Num imundo porto qualquer
E nas minhas mãos carrego velha lanterna
Para fazer-te luz nos olhos
Para ver o teu rosto infeliz
Não procuro verdades, há engano nisso
Poetas não querem verdades
Somente os cínicos desejam essas excrescências
Eu, poeta, quero apenas o sonho que em ti habita
Aquele sonho que tu esqueceste
E chama-se hoje irrealizável
Veterano sonho
Posto numa prateleira antiga com a inscrição
"Coisas que me fariam feliz e não dei importância"
Sim, sou tua consciência que chora o não feito
Sim, sou o anjo-demônio que te faz dormir
A lembrar daquilo que tu eras
E hoje não é mais. Nem em luz ou sombra.
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Ilustração: Diogenes sentado en su tinaja. Jean-Léon Gérôme (1860).
Um comentário:
Um anjo-demônio,uma eterna luta para não esquecer
Luz
Ana
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