terça-feira, 15 de março de 2011

Tropeço na manhã de Curitiba

A cidade acorda cedo,
- Quiçá nem dormiu! -
Padaria na esquina,
Crianças na escola,
Ônibus, carros, buzinas...
E um corpo na calçada...
Viaturas da polícia,
Área isolada, curiosos
E trânsito desviado.
"Quem ali morreu?"
Ninguém sabe.
"Por qual motivo?"...
"Foi tiro!", grita a mulher
Que para, olha e logo segue.
"Não, foi facada!", chora a moça
De cabelo oxigenado.
Passo ao largo
Ignorando o corpo que dorme
E ousou compor a manhã
De quem seguia pela rua
Pensando na vida,
Mastigando o nada...
De quem apenas seguia
Seu defunto destino
E tropeçou num morto.

Nenhum comentário: