Havia uma casa de misericórdia
E era chamada de santa
Ali chegavam de terras distantes
Os desvalidos
Os enfermados
Os irremediados
Com suas úlceras expostas
E as enfermeiras em seus uniformes
Divinamente brancos
Se ajoelhavam diante das feridas
E nelas passavam mágica pomada
Vinda da Alemanha em grandes latas
Pomada amarela, densa
Para alívio da dor da vida
E depois, com esparadrapo
As envolviam numa firme gaze
Junto com seus corações
Eu contava poucos anos nesse tempo
Mas aprendi que algumas palavras
E expressões podem existir de fato
Nesse nosso grande teatro
De dissimulações hipócritas
Misericórdia
Compaixão
Amor
O amor desinteressado e que santifica.
---------
Foto: Santa Casa de maringá, década de 1950. Acervo do hospital.
E era chamada de santa
Ali chegavam de terras distantes
Os desvalidos
Os enfermados
Os irremediados
Com suas úlceras expostas
E as enfermeiras em seus uniformes
Divinamente brancos
Se ajoelhavam diante das feridas
E nelas passavam mágica pomada
Vinda da Alemanha em grandes latas
Pomada amarela, densa
Para alívio da dor da vida
E depois, com esparadrapo
As envolviam numa firme gaze
Junto com seus corações
Eu contava poucos anos nesse tempo
Mas aprendi que algumas palavras
E expressões podem existir de fato
Nesse nosso grande teatro
De dissimulações hipócritas
Misericórdia
Compaixão
Amor
O amor desinteressado e que santifica.
---------
Foto: Santa Casa de maringá, década de 1950. Acervo do hospital.
2 comentários:
Linda poesia, querido amigo Nandéu
Poesia humanamente linda,bjo, cirlei.
Postar um comentário