sábado, 26 de outubro de 2013

Quermesses de domingo

Só considero dia perdido
O dia que nada escrevo
E sempre escrevo
Num desespero de escravo mouro

Para minha alma os versos
São de bom proveito
São meus versos a sua louca vontade
De te ver novamente
Viva como as flores amanhecidas
Em beleza, despudor e rubor
Ao dizeres a mim coisas quentes
E de amor na congelada manhã

Meus versos te alcançam
Bem sei, bem imagino
Em dias de passeio, no Domingo
Meus versos visitam quermesses
E te oferecerem música
Sussurrada ao teu ouvido

Musiquinha de amor
Simples como ele
Inesquecível como ele

Meus versos nascem
Para ti todos os dias
Como nasce o Sol
Para o verde das plantas

E se por acaso não nascerem
Meus versos como sempre nascem
Certamente estarei junto a ti
Porque nesse dia também morri.

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