quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Assombração de peixes


Nos jardins da Igreja do Cristo Rei
Existe um lago com cascata artificial
E nesse mundo limitado vivem carpas
Elas nadam pela água que se repete
Bem nutridas, às crianças divertem
E a mim também, que cultivo o hábito
De fugir da missa para pensar no além
Penso que, daquele estranho mundo dos peixes
Olhando de lá, devo parecer um espectro
Fantasmagórica figura a assombrá-los
Sim, sou a assombração das carpas
Sombra insólita alumiada por velas
Que tenta explicar o mísero lago
Numa dimensão iluminada por trevas.

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