Outrora amada
E hoje abandonada
Já ouço teus ais
Choro dos pinheirais
O que fizeram contigo?
Bucólica e bela
Das capitais
A mais singela
Hoje colosso de pedra
Obra dos que te mal governam
Que te maltratam e vendem
E injetam carros nas tuas artérias
Congestionadas, entupidas
E o povo, teu povo Curitiba
Amontoado em articulados
No frio, no sol e na chuva
Dos pontos, nas calçadas
Teu povo, bem-amada
Que engole os gritos
De pavor
E chora seus filhos mortos
Na violência que te deram
No descaso que te tratam.
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