sábado, 4 de março de 2017

Museu do Zóio

Foi num domingo de sor, no Museu do Zóio
Que marquei encontro com a mardita
Esperei um par de hora e ela nada
Queria só dois dedo de prosa com a bendita
Pra ver se já tinha passado a lavage cerebrar
Que fizeram com ela, burguesa-comunista
E quando estava para ir embora
Ela me apareceu ainda mais esquisita
Tinha trocado a camisa do Che
Por um camisolão amarelo de chita
O livro da Beauvoir pelos livros do Prabhupada
Tava com brinco, depilada... Tava quase bonita
E cantarolava não mais Lula-lá nem a Internacioná
Me deu um bolinho de arroz, sem sar, a encardida
E fez eu cantarolar o Hare, Hare... Krishna, Krishna...
Tomei um susto e olhando para minhas botinas
Coloquei a curpa nelas, que sempre me fizero andá
Com gente que por si só não gosta de pensá.

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