segunda-feira, 29 de setembro de 2008

A doença do verso

De vez em quando, poeta,
Só para justificar a lida,
Deixe seus versos
Ficarem doentes.

Doentes de amor.

Poeta que disso não fala,
Que sobre o amor não escreve,
Não é poeta, é um escrevente
Arranjador de sílabas.
Tão vazio... Tão demente.

O amor é a poesia.

No verso, na entrelinha,
Mesmo que não aparente
O amor há de ser presente;
Mesmo que desta doença
O poema não experimente.

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