Temerários viajantes em naus elétricas
Não procurei aqui respostas exatas
Exatidões matemáticas, teoremas vivenciais
Receituários de ajudas impossíveis
Procurai sim, aqui, nesses meus versos
A dúvida que santifica o homem
Quando ela se faz apenas rito de fé
Procurai e encontrai aqui
Essa medonha vontade de pelejar
Contra o que já nos venceu
Desde o primeiro berro no berçário
Ao abandonarmos a madre entranha
Procurai e encontrai aqui
Tudo aquilo que nos faz tão humanos
O respirar com algum sentido
Muitos amores perdidos
Inexplicações inexatas
Saudades em toneladas medidas
Procurai, caros marinheiros dos elétrons,
As vossas consciências nessas linhas
E as medi e as comparai com a lira minha
Que é o canto daqueles que na vida teimam
Porque viver é um belo ato de teimosia.
---------
Ilustração: Théodore Géricault - A Jangada da Medusa, 1819
Não procurei aqui respostas exatas
Exatidões matemáticas, teoremas vivenciais
Receituários de ajudas impossíveis
Procurai sim, aqui, nesses meus versos
A dúvida que santifica o homem
Quando ela se faz apenas rito de fé
Procurai e encontrai aqui
Essa medonha vontade de pelejar
Contra o que já nos venceu
Desde o primeiro berro no berçário
Ao abandonarmos a madre entranha
Procurai e encontrai aqui
Tudo aquilo que nos faz tão humanos
O respirar com algum sentido
Muitos amores perdidos
Inexplicações inexatas
Saudades em toneladas medidas
Procurai, caros marinheiros dos elétrons,
As vossas consciências nessas linhas
E as medi e as comparai com a lira minha
Que é o canto daqueles que na vida teimam
Porque viver é um belo ato de teimosia.
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Ilustração: Théodore Géricault - A Jangada da Medusa, 1819
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