quinta-feira, 13 de março de 2014

As Marcelas de Março

¿Março de marcelas florido,
O que ainda me guardas, se findo?
¿Esta dor que vai me consumindo
E me faz triste e tão aborrecido?

Olho as flores vivas no campo
E clamo pelos antigos cânticos
Aos Céus, a meu bom Deus, aos santos
A sorte dos lírios que canto.

Neste sofrer creio em limite,
Porque minha alma se entrega
À morte ou ao que mais existe.

Em tudo vê cura e se apega
Esta alma, que na dor insiste,
E lenta de mim se desprega.

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