terça-feira, 25 de março de 2014

Lirismo & Modernagens

Todo poeta novo; todo poeta em criança
Começa com versinhos apinhados de rimas
Ou até mesmo medidos e metrificados

Mas daí vêm esses modernismos modernos
Dizendo que a vida é desconstrução
Não há o certo e ou errado não
Muito lirismo num mundo desamado
Talvez não caiba não

E que o correto é deixar para o leitor
Descobrir o ritmo que lhe vai no coração
Ritmo das modernagens, das máquinas

Daí o poeta fica brigando com tal crença
E procura desesperado dentro de si
A lira que marca os compassos de seus versos
Pois é no pulso pulsante do Universo
Que se repete o ritmo da criação

E com o tempo, o poeta descobre
No mais elementar dos átomos
Na mais ínfima partícula
Na mais grandiosa galáxia
A cadência e de tudo a pulsação dispersa
O ritmar da infinita e cansada marcha
Da Eternidade que a si se lê e determina
Nosso mistério e propósito nesta imensidão.


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