terça-feira, 7 de outubro de 2008

Paisagem

Faço hora e entrego-me à preguiça
Olho pela janela e o mundo se faz velho
Pinço telas vivas, árvores, jardins
Pássaros, folhas caindo, mesmices
Espero. Esperar é o preço do viver
Vozes, risos, conversas passam
Nada entendo, nada quero entender
A preguiça exige esquecimentos
Desentendo-me, esqueço-me
Transmuto-me em dor
Pois agora sou a paisagem
Deste mundo velho, das árvores,
Das mesmices, dos jardins,
De mim e dos passarinhos.

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