A Polaca anda estranha,
Deixou seus bordados,
Não assa mais "maréco"
E nem cozinha-me pierogi.
A Polaca anda triste,
Nunca quis tê-la assim.
Ela sentiu cheiro de mulher,
Perfume doutras fêmeas
Em meus poemas.
Ontem, antes de dormir,
Fez discurso, falou desatinada:
- Quero que você escreva meu nome,
Publique minha fotografia,
Cansei de inspirar a sua poesia.
Cansou nada, pensei,
A Polaca está com ciúme
E não sabe que na rima
Nem sempre sua polaquice cabe.
Depois, dormiu com a bunda virada,
Virada para a parede
(E que bunda a Polaca tem!),
De pijama amarrado
E por sobre o lençol.
Chorou e soluçou a noite toda.
Pela manhã, puxou o meu braço
E fez minha mão sentir seu peito
(E que peitos a Polaca tem!):
- Escreva, mas não esqueça
Que meu poeta mora aqui também!
Deixou seus bordados,
Não assa mais "maréco"
E nem cozinha-me pierogi.
A Polaca anda triste,
Nunca quis tê-la assim.
Ela sentiu cheiro de mulher,
Perfume doutras fêmeas
Em meus poemas.
Ontem, antes de dormir,
Fez discurso, falou desatinada:
- Quero que você escreva meu nome,
Publique minha fotografia,
Cansei de inspirar a sua poesia.
Cansou nada, pensei,
A Polaca está com ciúme
E não sabe que na rima
Nem sempre sua polaquice cabe.
Depois, dormiu com a bunda virada,
Virada para a parede
(E que bunda a Polaca tem!),
De pijama amarrado
E por sobre o lençol.
Chorou e soluçou a noite toda.
Pela manhã, puxou o meu braço
E fez minha mão sentir seu peito
(E que peitos a Polaca tem!):
- Escreva, mas não esqueça
Que meu poeta mora aqui também!
Nenhum comentário:
Postar um comentário