Roubaste de mim
Os melhores anos
Ornados de vida.
Tiraste de mim
Os velhos caminhos
Enfeitados de luas.
Mataste meus sonhos
Que a tudo guardavam
Em projetos e esperanças.
Hoje, carregas contigo
Estes despojos infensos,
Envelhecidos e sem preço.
A que te servem eles,
Se te curvam as costas
Em peso e pesadelos?
Arrasta-os contigo
Como o condenado
Preso ao vira-mundo.
Nada disso quero de volta,
Fiquem contigo teus crimes
E os apresente a Caronte.
Porém, avisa ao barqueiro
Que a gravidade de tua alma
Pode afundar-lhe o barco!
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