sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Lunação

À Mara Regina Barros

A Lua Cheia ilumina a minha rua.
No céu imenso... Ela tão pequenina!

A Lua dorme de lâmpada acesa
Enquanto tu, no quarto escuro,
Dizes que estás cheia
De tudo quanto na vida 
Tem muita importância,
Mas que, imprudentemente,
Desejamos em renúncia,
Quando a alegria abandonamos.

Vê a Lua, seu brilho desdenha 
Nossos mortais desejos,
Porque mesmo na tempestade,
Ela sempre será o que é
A cada vinte e oito dias.

Aprendamos, em infinitos ciclos,
A Lua por séculos nos ensina:
Minguar-nos por entre as trevas,
Aumentar-nos depois timidamente
Até revelar-nos em brilho único
Sempre em surpresa, eternamente.
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