sábado, 1 de junho de 2013

A esmola, a mó e os moles

A palavra esmola tem origem em mó, pedra de moinho para moer grãos, em especial o trigo. O Senhor das terras mandava moer o cereal e ficava com quase tudo; o que sobrava na mó, o resto mesmo, podia ser dividido entre os pobres ou escravos, o que deixava os moinhos limpos. Portanto, a esmola respondia a um sentido prático para quem dava: conservação da força de trabalho e alimento para um espírito culpado. Creio que não há grandeza nisso nem para quem dá esmola nem para quem a recebe. Caridade é outra coisa, é o dar sem esperar nada em troca.

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Para os químicos: "mol" e "moles" são palavras latinas que foram para o alemão no sentido de quantidade. Só depois voltaram ao português com o mesmo sentido. Essa é apenas uma das razões do estudo do latim na Alemanha; outra é que a gramática alemã e a inglesa tiveram como modelos as gramática grega e latina. E aqui, onde o latim se perpetua na língua, nada disso se estuda. Não é de se admirar que nosso português anda cada dia mais bárbaro.

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