domingo, 9 de junho de 2013

Medo, Maninha

Nos escuros frios do Inverno
Em noites de São João
Pipoca, paçoca e pinhão
E no calor das altas fogueiras
Daquelas que nos fazem mijar na cama
Tivemos medo, Maninha
Tanto horror da mula-sem-cabeça
Do bicho-papão, saci e do voraz cão
E de todas aquelas histórias
Que ouvíamos de olhos arregalados
Essas lendas, Maninha
Estavam erradas
Medo mesmo, tínhamos que ter
Medonho mesmo
Era dos homens
Desses que parecem mansos
E se vestem de anjos
E são os lobos deles mesmos.

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