sábado, 1 de junho de 2013

Ódio da Morfética

Sabe, padre, sinto ódio
E sei que isso não é bom
Sinto ódio... Ódio de morte...
Quisera nunca ter conhecido
Aquela morfética, padre...

Mas é um ódio diferente
Ódio cheinho de saudades
Do bem querer... Do bem gostar...

Penso nela e pronto
O coração amolece
E dela sinto toda a quentura
Todos os carinhos
Que nem é bom confessar
Para não desabar este confessionário

Sabe, padre, tenho ódio
O gostoso
De me lembrar dessa morfética
E o ruim
Ódio de mim, por não estar com ela.


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