Sou o miserável poeta
Imerso nas vis angústias
Desta abjeta vida incerta
De macambúzios versos
Escritos de antemão
Pelas frias mãos dos deuses
Escravo dessas deidades
Que meu pão mastigam
Amanhecido e estragado
Pelas lágrimas dos sofridos
Mastigo o pão mastigado
E o vomito por castigo
E pelas mãos lambuzadas
No vômito incontido
Vazam-me versos infetos
Dos excrementos infames
Daqueles que nos dominam
Pela escravidão e rapina
Sou o miserável poeta
Que a alma se compadece
Desse nosso povo pobre
E que se não fosse a sina
De escrever como castigo
Furaria os próprios olhos.
Imerso nas vis angústias
Desta abjeta vida incerta
De macambúzios versos
Escritos de antemão
Pelas frias mãos dos deuses
Escravo dessas deidades
Que meu pão mastigam
Amanhecido e estragado
Pelas lágrimas dos sofridos
Mastigo o pão mastigado
E o vomito por castigo
E pelas mãos lambuzadas
No vômito incontido
Vazam-me versos infetos
Dos excrementos infames
Daqueles que nos dominam
Pela escravidão e rapina
Sou o miserável poeta
Que a alma se compadece
Desse nosso povo pobre
E que se não fosse a sina
De escrever como castigo
Furaria os próprios olhos.
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